17 de outubro de 2009

janelas


sigo por entre as serras, por caminhos da memória. por entre os rios e as vindimas. por entre as curvas da serra ouvem-se rumores do frio de um outono que pede desculpa por chegar atrasado. Onde estará o meu verão privado? esse calor que me faz suar nas noites do cerrado? por onde andará o meu colibri? meu beija-flor... bebendo água nas fontes de brasília? se escondendo da chuva? buscando mel nas flores?

de olhos na estrada, sigo a rota de uma voz robotizada que me faz perder o rumo por entre aldeias abandonadas e caminhos por onde nem as cabras passam mais.serras. verdes prados. castanhos, pasteis, laranjas. verdes e mais verdes, folhas caídas. velhos perdidos em estradas sem destino.olham o tempo como quem olha um passado que não chegou para dizer tudo. seia. cidade? distrito? freguesia? museu do pão. entramos? não há tempo... curvas, frio que se aninha sorrateiramente nas entranhas dos trapos de verão, imensidão, vales, aldeias. lagos, laguinhos, rios e riachos, ovelhas. perto. cada vez mais perto. pertinho. do alto! olha o passado aqui tão perto. olha, estranha proximidade de um tempo ali tão perto, longínquo. paragem num passado que se viveu, feliz. saudade de quem não está mais. saudades de um templo destruído. janelas que mostram uma alma frenestrada por um tempo mais apressado. caminhos percorridos, uma e outra vez. caminhos apagados. destruídos. figuras que olham esse cenário com admiração. sem preconceito do cenário de outros tempos.portas caídas. ventos sorrateiros. templo de uma memória avassaladora. saudade.objectos esquecidos pelos ventos, pelo pó. folhas de plátanos que espreitam o teatro sem actores. árvores que dançam tristes sem plateia.
espectáculo. beleza. vazio. salas cheias de tudo menos nada. ouço os passos de um casal que segue ao longe, num tempo que não mais é. páro e vejo, ali, em frente, em cima, por baixo, de todos os lados, no meio da destruição, estranha sensação de beleza. Quanta tristeza. quanta beleza. tanto sentimento. quanto para sentir, para gritar.


Pára. para chorar, rir e apenas sentar em frente à sombra do que foi. o presente é uma sombra forte, marcada, definida, de um passado que me construíu com sorrisos e janelas abertas sobre os ares da serra. como seria bom mostrar isto ao meu pequeno verão privado.
como seria bom ficar ali, parado, horas, dias, fazendo as árvores sorrir... mostrar e contar as histórias partilhar essa tristeza e sorrir no meio dos ventos que varrem a tristeza dali pra longe. ahh.arre...ares da serra. sanatório. que estranha força tens tu na razão da emoção! rasgas-me por dentro o sofrimento e fazes-me sorrir por caminhos que se abrem, com a tristeza de um passado feliz, que não mais é. com o sorriso recuperado por ali ter existido uma história, felicidade sorrateira que chega com o vento e me leva por entre as portas e janelas, até junto de ti. Aí, do outro lado dessas letras...

15 de setembro de 2009

tobias o gato

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Há quatro anos atrás ele ficava sentado ao meu colo, hoje mora na saudade...
Há um ano atrás, e uns dias, ele partiu em busca de outras aventuras.
Fiquei emocionado com as palavras do meu pai de um sentimento que subscrevo.

14 de setembro de 2009

o velho e o novo

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Ao que parece, a sociedade actual, anda muito preocupada com esta coisa de não se envelhecer. anda tudo atrás do santo graal.
Anda tudo a ficar velho por dentro a tentar preservar um arzinho de gaito.
No entanto, não é o caso do que venho aqui ilustrar. Antes pelo contrário.
Como podem perceber pela fachada, ou talvez não, trata-se de um edifício Art Déco. No caso, é um edifício construído em singapura, e não não deixa de me lembrar uma shanghai que nunca conheci, ou uma indochina que me está marcada numa memória do que não vivi.

Deixando as memórias fantasiosas de parte, existe por esse mundo fora, uma vaga de destruição, ou de guerra, diria melhor, guerrilha urbana, ao velho.
Gostei deste gesto em que se preserva uma fachada com todo o requinte que a traça lhe confere, aos olhos, obviamente de um saudosismo por estilos que marcaram uma época deixando, no entanto, que uma nova história tome lugar no seu interior num harmonioso diálogo entre dois tempos. Como em tudo na vida, os opostos, não, não ia dizer que os opostos se atraem, os opostos, quando colocados lado a lado, acabam por se destacar mais.
Irrita-nos mais um ruído se estivermos em silêncio, bebemos mais água se estivermos com muita sede, e não é à toa que o capuchinho vermelho é vermelho, no meio da floresta verde, (afinal o verde é complementar do vermelho).
Outro aspecto interessante, é que um dos motes para este projecto foi a Luz. Ou melhor, segundo parece, os clientes pediram que isso fosse levado em consideração, porquê?
Ora, porque a casa era muito escura, se a casa é muito escura, faça-se luz, luz, sombra.
Com esta coisa dos complementares em mente, foi criado uma história nova numa casa velha.

E renovou-se uma casa tradicional com a inserção de um pátio, e ainda houve espaço para uma piscina. Esta ideia das piscina dentro de casa é uma coisa que, deixem-me que vos diga, aqui em brasília, deveria ser obrigatório. Porquê? porque isto é seco, muito seco. Vá, ok, pelo menos durante o período da seca. Seria um humidificador natural. Nunca fui a Singapura, nem sei se por lá o clima é seco, mas, se for esse o caso, está explicado.

Não estão a entender nada, não? querem que faça um desenho? Ok, não fui eu que fiz mas serve, fiquem com o desenhito...
Esta coisa dos créditos não pode ficar esquecida, portanto cá vai.
O projecto é do atelier, ong&ong e vale a pena irem lá ver outros projectos deles, em que eles projectam dentro do confronto entre o velho e o novo.
Para verem mais fotos, ide aqui, onde descobri este projecto, podem ver mais imagens e ler mais sobre o assunto se estiverem interessados.
Se quiserem ver mais fotos do gajo que disparou os clics que ilustram o post, aqui vai, o nome dele é Derek Swalwell e também vale a visita.

11 de setembro de 2009

esta coisa dos diálogos

É a segunda vez, em poucos dias, que sou contactado por pessoas, ou entidades, citadas aqui neste pedaço de escrita.
Eu que pensava ter só dois ou três leitores, fico surpreso por perceber que, afinal, as palavras vão chegando a cantos inesperados e já se somam uns 4 ou 5 leitores (obrigado mãe e pai, por não deixarem que as visitas cheguem a zero).
Agradeço muito a atenção dos citados em me enviarem emails ou comentários que, de forma tão gentil, me encorajam (a qualquer coisa que não me lembro agora). Fica o exemplo para que futuros email, ou comentários, sigam a mesma linha de raciocínio. Quem, no entanto, não resistir e quiser chamar-me nomes e, ou, colocar a minha integridade em causa por favor, não deixe de o fazer. Esta coisa do diálogo é sempre muito louvável.
Agradeço especialmente à Arq. Ana Rocha do atelier Rocha Tombal (vá, respeito que ela é a arquitecta responsável pelo projecto mencionado no dia 9.9.2009) e aos Magiluth que gentilmente comentaram o meu desabafo sobre a fantástica peça com que me surpreenderam, texto do dia 3.9.2009.
Queria aproveitar a ocasião para agradecer, mais uma vez, aos meus pais, e ao outro(a) leitor(a) que não sei quem é, muito embora a a. jure a pés juntos que é ela, eu ainda tenho as minhas dúvidas. Se fordes leitores do aqui, identificai-vos e tende cuidado com a gramática e com o uso abusivo de elogios à minha pessoa.

PS. Ah, bom! Parece que se começaram a rei..., reinvin.... reivi...., reivindicar, ufa, reivindicar (palavrinha) reivindicar os direitos enquanto leitores. , claro que sei que és amiga leitora que vem aqui porque tens uma alma do tamanho do mundo, aliás, tu és um link ali ao lado desde 2004 aliás, acho que começámos o blogue no mesmo mês, mas a a. faz sempre questão de refutar essa ideia.

Na verdade, devo confessar, tratou-se deu uma estratégia de marketing de vão de escadas, então vejamos.
Eu sabia que, se não te mencionasse, tu deixarias um coment, e eu não faria figura de urso, pelo menos não a 100%, pelo facto de ninguém se acusar enquanto leitor. Se esta lenga lenga, não te convenceu, podes sempre abusar da verborreia e adjectivar-me com palavras hostis. Vá que eu mereço...

10 de setembro de 2009

la piste là

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Ontem fui ao teatro, não, melhor, fui ao circo, não espera, fui ver um espectáculo de música, naa, pera, bom, ok, fui ver o La Piste Là. É uma mistura de tudo isso.
Na verdade é um circo diferente. Tem acrobacias, palhaços, uma música deliciosa que em alguns momentos me lembrou the Non Smoking Band e noutros roçou o Ian Tirsen, enfim, brutal.
As acrobacias, essas arrancaram os suspiros da plateia e, devo confessar, em alguns momentos, fiquei na dúvida quanto à integridade física daquela figurinha que parecia uma miúda de uns 12 anos.
O espéctáculo tem quatro travessos, sendo a estrela da companhia a pequena mulher (ou seja, o anão esteve presente), do outro lado, e que lhe dá maior suporte técnico, o gigante e o acrobata metido a palhaço, por fim, o brilhante músico (também metido a palhaço) constrói todo uma base sonora onde os movimentos vão ganhando forma.
Num estilo minimalista, posso dizer que não faltou nada naquele circo, até o tradicional número dos cavalos foi representado, com a domadora a fazer acrobacias em cima dos seus vários cavalos, a realçar que o único cavalo que lá vi foi um gajo que, quando se ria, parecia relinchar...
Uma coisa é certa, o circo ganhou um novo significado depois de ontem.

9 de setembro de 2009

rocha tombal

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Pequenos, quando rabiscávamos casas com as nuvens e o sol e as andorinhas a voar (pelo menos eu desenhava andorinhas, ok?), desenhávamos, um telhado, janelas, a porta e a chaminé.
Com esses elementos deixava de haver margem para dúvidas sobre a identificação da casinha.

O telhado, ou melhor, o telhado inclinado, com telhas, eira e beira, deixou de ser um elemento do gosto da arquitontura em geral e vivemos um período em que se opta pelo plano horizontal em deterimento do oblíquo. Pelo disfarce da cobertura.
A verdade é que foram desenvolvidas novas formas de se deixar a chuva do lado de fora e as telhas, coitadas, passaram a ser consideradas aquelas coisas que não são para aqui chamadas, vá, ok, podem vir, mas fiquem aí na surdina que ninguém vos veja.

Neste momento as telhas ainda não voltaram a estar na berra mas, a ideia de um telhado, inclinado, muito embora sem as tradicionais telhas, as de barro que nos são tão familiares (pelo menos a nós portugueses, e aos gregos, e aos chineses e...), volta a ser considerada, de resto acho que nunca deixou de ser considerada, mas, para o propósito do meu texto, vamos dizer que sim, ok?

Acho que o quinto alçado andou, durante algum tempo, meio na mó de baixo. Sendo um elemento considerado nas entradas de luz, zenitais, onde podemos constatar, por exemplo, nas mesas invertidas do siza, no museu de Serralves. Adoro o museu de serralves, não me interpretem mal, mas não existe uma relação demarcada com a cobertura. Nem acho que seja necessário que assim seja mas, gosto de perceber que, aqui e ali, se vai colocando o quinto alçado como um elemento que tem algo a acrescentar, que define o objecto.
Já o Francisco Garrido, por exemplo, não considera nem deixa de considerar o quinto alçado, para ele é tudo uma coisa só, plástica e siga (não gosto de facto de ele esquecer essa relação de intimidade entre o indivíduo e o objecto, tudo é monumental demais, plástico demais, vá, bonito para a fotografia).

Voltando ao projecto, ilustrado pela imagem, gosto ainda da forma como não se diferencia o material do telhado do das paredes, como se importasse apenas o simbolo. É interessante, porque podemos perceber essa mesma linguagem, no interior, onde, em várias dependências, não se distinguem os elementos, o piso, paredes, tecto, tudo maculadamente branco. senão veja-se...
É interessante (não é mas fica assim mesmo) o fatco de este projecto ser holandês. Ok, ok, esperado que assim fosse, não? É interessante porque se percebe uma forte influência da cultura local. Temo um objecto totalmente actual, de acordo com a estética e o bom gosto do momento (a estética e o bom gosto do momento é muito bom, de onde tirei isto?), que preserva traços marcantes da arquitectura regional.
olhem esta imagem e digam lá se não é...
Nos países nórdicos, chove mais e, sobretudo, neva mais, dessa forma, não se acumula tanta neve, portanto, a casita preserva uma temperatura menos inóspita. Ok, hoje em dia há os sistemas de aquecimento central que deixam a casa sempre com uma temperatura controlada, mas, é sempre bom minimizar a necessidade de subterfúgios.
Ainda não disse quem fez o projecto?
ah, que falta de educação a minha. O projecto é de uma tal de Rocha Tombal e do seu atelier.



As janelas, essas, são verdadeiramente deliciosas, lembram-me um projecto que já mencionei aqui (vá ide lá ver, vá...), o hotel aire de bardenas.
Quanto ao formato e ao uso do material no exterior, ide ver este projecto que tb já falei aqui dos buroII.

8 de setembro de 2009

comic´s shelf

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Essa estante é da responsabilidade de de um tal de Oscar Nunez, da loja-conceito-atelier-não-entendi-lá-muito-bem, sediada em cancun, sim, isso mesmo, cancun e que dá pelo nome de Fusca Design.
Achei a ideia simples e divertida.
Basicamente uma estante ideal para se guardar livros aos quadradinhos. Não sabiass onde é que havias de guardar os patinhas todos?
Agora já sabes.
No compto geral, as outras coisas da maltinha do fusca design, deixam um pouco a desejar.
Bom, ok, eles convenceram-me com o gato.

5 de setembro de 2009

kiss bill

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Antes de começar, uma voz avisa que o espectáculo terá uma hora, dá uma pausa e continua, ...e quarenta minutos.

Foi a primeira vez que vi uma peça de teatro com legendas. O facto de eu estar sentado na primeira fila, e as legendas estarem lá em cima, provocou aquela coisa fantástica, ou lês a merda das letras, ou vês o que se passa no palco, mais ou menos o que se passa quando temos o azar de ficar sentados na primeira fila do cinema e andamos a varrer o ecrã que mais parece que estamos a ver um jogo de ténis.
Não deixa de ser interessante o paralelismo com o cinema, uma vez que a peça, em si, é inspirada no famigerado Kill bill. Ok, confesso, não gosto do kill bill, nem à pancada.
Mas não estou aqui para falar do Tarantino, nem para mencionar o facto de já ter sido, aqui em brasília, guia do Michael Madsen (o gajo entra no kill bill), vá, a bem da verdade nem andei com ele para um lado e para o outro, o gajo só saiu do hotel para ir a um restaurante e era de poucas palavras.

Sobre o Kiss Bill, ao fim de uns 10 minutos resolvi não me esforçar para ler as letrinhas, tão pouco para tentar entender tudo o que era ali dito num francês que saia disparado a 300km/h.
Acabei por perceber que o tempo não demoraria a passar, quando os travessos começaram a a dançar.
A peça foi muito mais fisica que argumentativa, o que o meu pescoço agradece por não me obrigar a olhar para cima em busca da descodificação.
As coreografias foram fantásticas e a linguagem corporal daquela gente é impressionante, mostraram-me até a existência de moviementos que eu desconhecia serem possiveis de executar com um simples corpo humano. Devo notar que cheguei à conclusão que a minha falta de elasticidade é maior do que eu pensava.
Lembrei-me da coreografia de dança no final (acho que foi no fim, mas...) do Habla con Ella.
os 10o minutos passaram rápido e, num ápice tinha acabado a peça.
Falei com um fotografo depois da peça, que me confessou ter achado a peça muito longa e, hoje, no elevador, encontrei o meu vizinho, ban ban ban, encenador de teatro, renomado até mais lá fora do que aqui em terra brasilis, e ele, também lá esteve ontem, confessou-me o mesmo, a peça poderia ter sido menos longa.
Cada cabeça sua sentença, gostei, achei que o tempo passou rápido demais, e veria mais e mais, a banda sonora ajudou, muita coisa do kill bill (sim, ok, as músicas ainda se salvam) e uma das petizas cantou, à capela, e esteve muito bem.

curiosidade?
sim, a diretora da companhia, pigeons international e do espectáculo, é portuguesa, uma Paula de Vasconcelos, na conhecia mas gostei do trabalho dela. Ela marota cresceu em montreal, e a companhia é canadense, formada e orientada por ela, ao que parece, sempre nesse limbo entre teatro e dança.

4 de setembro de 2009

disturb me

.O que é que tem de interessante?
como assim, o que é que tem de interessante? tudo!
Ok, é giro, bonito e dá vontade de transformar o quarto numa coisa assim.
O interessante, interessante mesmo é que isso é uma instalação, e eu, na maioria das vezes, não lhes encontro pretexto. Mas, verdadeiramente interessante é que isso na verdade foi criado num quarto de um hotel que se chama the white hotel. abre parêntesis o hotel em si dá um post, é porreiro e vale a pena ir ver as fotos, na versão pobre, ou visitar na versão, deixa lá ir tratar de umas cenas a bruxelas e experimentar esse estaminé. Seguindo, o hotel é todo branco e é reduzido ao mínimo nos elementos (parentesis dentro de parêntesis é demais, mas siga, poderia até comparar o white hotel de bruxelas, com o colour hotel de frankfurt) fecha parêntesis
Agora, digo-vos, percam tempo a ver o filmito, que vos vou deixar, porque a piada está toda nele.
Vá, é só clicar no play e esperar um bocadito, vale a pena. Ok, ok! no fim aparece a Catarina Furtado aos beijos à Barbara Guimarães.

Disturb me - Brussels from Thepopcornmakers on Vimeo.


PS. achei isso aqui

3 de setembro de 2009

sem palavras

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Começou ontem o Cena Contemporânea, festival internacional de teatro de brasília, e, ontem mesmo, fui ver uma das peças.
Ato.
Quatro seres que nos mostram os nossos reflexos, angústias, invejas, paixões, desejos, tristezas, alergias, tudo, tudo isso apenas com gestos e interjeições.
Mostram-nos, como somos, contraditórios, circunstanciais mas irremovíveis nessa busca pela felicidade que, na maioria das vezes, está ali bem ao lado da nossa cegueira.
Os marotos pertencem a um grupo que dá pelo nome de magiluth, e o blogue deles é este.
Os travessos têm talento de sobra e deixaram-me, assim, sem palavras.


PS. se vier aqui parar, por algum desígnio dos deuses da blogosfera, alguém de brasília, não deixem de ir ver, ainda está em cena. No mais ainda há mais coisinhas para ir ver...

31 de agosto de 2009

"The best things in life aren't things."
Art Buchwald

PS. então e, para ti, quais são as melhores coisas da vida?

29 de agosto de 2009

tudo e mais um par de botas

Ontem, abri o facebook e estava lá um post da Rita, com um video do Ali-G (um irmão afastado do Brüno, e primo afastado do Borat, todos filhos do mesmo pai, Sacha), imperdível, em entrevista ao Noam Chomsky.

O meu post anterior, falava sobre a Maria Manuela. Antes desse, falei sobre o Brüno.
Ontem, estava estupidificado em frente à tv, e deu um programa sobre o fenómeno, mais do que os blogues, da revolução na forma como a realidade foi alterada.
Ora bem, o chomsky alterou também, a forma de ser encarar o mundo.
E o que é que a maria manuela, tem a ver com isto tudo?
bom, é o seguinte, o blogue dela chamava-se, a amante do Sr. engenheiro, um nome sugestivo, para um sítio onde se liam emoções sem pudor, cruas, como é a verdade e a realidade, sem filtros sociais.
O girl with a one-track mind, que deu origem a um best seller, foi um dos grandes responsáveis pela transição das revistas cor de rosa, em que a mulher era retratada como a alminha sedenta por manter o seu homem, a todo o custo, daí as mil e uma dicas que, segundo se pensava, espelhavam as necessidades da mulher moderna, para uma nova postura em que se descobria que a mulher também podia ser uma predadora sexual, com desejos, e ansias, anteriormente atribuídas aos homens.
Se o chomsky, demorou uma década a afetar uma imensa maioria, com o fenómeno dos blogues, a coisa passou a ser mais imediata.
Com o youtube e com os programinhas sociais, como orkut, twiter, facebook, hi5 e mais uns qunihentos que aparecem todos os dias, as mensagens disparam a uma velocidade superior à do pensamento...
Esta tudo relacionado, e tudo se linka (linka é uma palavra nova, coitado do aurélio, né chomsky?).
Bom, existe uma linguagem nova, que se constrói a cada segundo e temo deixar de entender o fio deste texto dentro em breve.
a grande questão é que, na internet, encontramos tudo e mais um par de botas, com uma relação quase que imperceptível entre tudo e todos.
Conhemos fulano, que conhece sicrano, que foi a casa de beltrano que um dia se cruzou com a Catarina furtado no Supermercado que, por sua vez é amiga da maria manuela que, quem sabe, terá sido influenciada pela abby lee, alter ego da girl.
O que é interessante é que as verdades andam sempre escondidas pelo anonimato.
Ou seja, a voz da maioria é mais ouvida se se preservar a fonte.
Desta forma, o que eu escrevo aqui é pouco verdade, porque eu estou sujeito às mascaras que uso e que me preservam perante a sociedade. (chamar sociedade aos dois leitores que aqui vêm é demais, não? a isto chama-se falsa modéstia, porque eu sei muito bem que tenho pelo menos, uns 3 leitores, vá, vá, em dias de bons ventos...)
Afinal eu não quero que descubram aqui que eu sou o grande responsável pela crise, isso seria o meu fim social.
É interessante (será que é mesmo?) mas veja-se que o sacha, pessoa que dá corpo ao Ali G, ao borat e ao Brüno, pouco nos interessa. A verdade é que presevada a imagem dele, enquanto ser social, ele nos aponta milhentas verdades.
Não, não é coisa nova, aquela Pessoa, o Fernando, ele refugiava-se em personagens para contar as verdades que ululavam por emergir. Mas o heterónimo não seria, também ele, a maior personagem delas todas, ou será o personagem? diga lá de sua justiça Sr. Noam, ah sim sim, a língua evolui e somos absorvidos por novas regras, fungindo delas, criando novas e por aí vai.
bom a verdade é que a senhora, que assinava Abby Lee, do girl with..., foi descoberta, e caiu por terra a verdade sobre aquela caçadora voraz de sexo que escrevia sobre as suas aventura. Ou terá caído o personagem?
Desde que inventaram a rede, estamos todos a querer pescar alguma coisa com ela, mas a grande verdade (se é que existe isso) é que estamos todos a ser pescados por ela.
Lembrei-me da mítica frase do nosso ido amigo - E esta, hein?
Vou lá escrever no facebook, e esta hein? e logo se lembrarão do Fernando Pessa.
Não, não é Fernando Pessoa, é mesmo o Pessa.
Aí entra essa coisa da memória colectiva, será possível criar uma memória colectiva, com tanta informação por aí?
Temos cabeça para tanta coisa?
Temos cabeça para ler e ouvir e ver, e e escrever tanta coisa, para ir ao facebook, vir aqui parar por um link, chegar ao fim de textos desconexos (como este, obviamente) e ir ao teatro, e ao cinema, e ler livros, reflectir sobre o que o noam escreveu, e ler platão, e os lusíadas, e os patinhas, e o calvin, ver programas descomprometidos na tv, fazer zapping, ver o bruno, o kim ki duk, ler blogues, seguir os links deles, e ainda ter tempo para ler a bíblia e saber quem beijou jesus (aquele da madona, claro), e qual é a cor das cuecas do beckam, e se a pamela aumentou ou diminui as mamas. Teremos neurónios para saber inglês, português, beijar em francês, espancar o espanhol, e vestir em italiano, e ainda aprender as novas gírias da net, e ter o face, o hi5, o myspace e o caralhinhodascaldas.com e fazer orgias com a maltinha toda.
Acho, porque me perdi mesmo, que deixámos o juízo onde judas perdeu as botas, aliás, tudo e mais um par de botas...

PS. se vcs clicaram no link da amante do Sr. engenheiro, perceberam que o nome do blog está disponível, a história acabou, viveu quem conheceu, quem não conheceu pumpas... já era. Nova era...

27 de agosto de 2009

maria manuela

oh maria!
eu pensava que tinhas desaparecido do mapa, mas, ao que parece ainda continuas viva.
Como é que sei?
Então foi assim, fui, como é hábito, ao beco e vi que estava lá um comentário de uma tal de maria manuela.
Olha, olha! Se não é a amante do sr...!
Bom, ainda tenho o link do teu ex blog vá, vá, partilha...
Não te preocupes que eu grite isso alto porque já não vem aqui ninguém.
No entanto, se, por obra e graça do espírito santo, apareceres por aqui, dá notícias.
Parece que tens um estáminé fui lá bater à porta mas ninguém abriu.
Noc, noc...

PS. parece que há por aí gente que não tem muito o que fazer e andou a encher a paciência à MM. Não sei bem a história, até porque não leio a caras blogos para saber quem disse o quê a quem. Mas, dizem as más línguas, que houve promessas de morte. Parece que tudo terá começado nos idos de 1995, quando a MM, disse a uma amiga que não lhe ia dar o teste de português para ela copiar, posto isso, a, até então, amiga da MM deixou de lhe falar e começou a espalhar que ela tinha roubado o lanche da Rita. O tempo passou e, com esta coisa do Facebook, a Rita encontrou a MM e pediu para ser amiga dela, a MM recusou, porque ainda guardava algum rancor por ter sido acusada de ter roubado o lanche, que lhe causou um desconforto e nunca mais conseguiu comer sandes de fiambre com manteiga. A Rita, ao ver negado o seu pedido de, vá lá, deixa-me ser tua amiguinha no facebook, comentou o episódio com a amiga, que não conseguiu copiar da MM no teste de português, que tinha reencontrado seis meses antes, por acaso, no sítio do costume, pingo doce. Esta, por sua vez, ainda não tinha ultrapassado bem o facto de ter desistido da Secundária, por ter chumbado a português, mas tornou-se, nas horas vagas, hacker por passar tantas horas em frente ao computador a tentar superar os seus problemas com glicose. Um dia a MM percebeu que os comentários dela, no blogue onde ela espunha a sua vida, andavam a ser mexidos e que os posts apareciam com erros de português. Enfim, o resto da história eu não sei, mas, se encontrar a MM no facebook, ou se ela passar por aqui, terei mais notícias.

26 de agosto de 2009

Brüno

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quando, em 1978 (na verdade deve ter sido em 1977), os meus pais pensaram no nome, nunca imaginariam que um dia alguém ia pegar nesse mesmíssimo nome e transforma-lo numa das comédias mais brilhantes dos últimos tempos.
Vá, ok, o Sacha esteve melhor enquanto borat, mas esteve muito bem no papel do meu homónimo.
Que fique bem claro que eu sou heterónimo, o homónimo é ele.
Será que alguém me vai chamar de maroto por ter expressado que tenho algum medo que alguém pense que eu sou homónimo? Tipo, eu não tenho nada contra, desde que "eles" mantenham a distância e não me toquem e...
Acho uma piada! É isso e o, eu sou tolerante, até tenho um amigo -
que é homó...?! - não! mas tem uma prima, que conhece uma pessoa que já se cruzou com um homónimo e eu não me importei nada com isso...
Bom, deixando a discussão dos homónimios e dos heterónimos de lado o Sacha continua a marcar pontos e a criticar a torto e a direito, muitas vezes sem que percebamos bem a profundidade daquilo que ele aponta. Parece brincadeira mas, por trás daquela pseudo-fantochada, estão reflexões profundas sobre o estado das coisas...
O mesmo país, onde não bastou apenas um bush no poder, deve ter passado o filme nas salas com a imagem desfocada no close do pénis, segundo o Bruno, o homónimo, claro, era o pénis dele. As mamas da Pamela tudo bem, agora aquilo?! Aquilo não pá!
Um dos momentos altos, é a mobilia da casa, onde o Bruno entrevista um dos elementos do juri dos Idolos Amaricados, interessante mesmo é ela ter-se sentado depois de ele ter dito que aquilo era o último grito em decoração. Mobília humana mexicana, ainda por cima é regionalista, e todos sabemos que fica sempre bem dizer de onde é determinada cadeira, ou mesa, confere-lhe um certo exotismo...
Outro momento brilhante é o da salvação do homónimo por parte de um homem, pelos vistos com lábios muito bons para se perderem apenas com palavras de salvação...

Enfim, ide ver, se ainda não o fizesteis, é mais uma lição do Sacha que não se pode perder...
Obviamente ainda preciso de ver o filme algumas vezes mais, não, não, não é para ver outra vez o biscoito do menino...
bom, letes luque ete da trailere.
Vá vós tendes de ir aqui...
é o link do trailére, vá, ainda aqui estão?

25 de agosto de 2009

é Interessante

é interessante, cativa a atenção de quem lê.
Pelo menos a pessoa fica na expectativa de ler qualquer coisa realmente curiosa ou digna da sua leitura. Algo, obviamente, bem diferente do que acabei de escrever.
Seria interessante, interessante mesmo, se alguém chegasse a este pedaço do texto, na expectativa de ler alguma coisa verdadeiramente relevante.
Vá que eu tenho que escrever a palavra interessante mais uma vez para ficar satisfeito.
Interessante mesmo é se eu resolver publicar esta merda...

24 de agosto de 2009

da barriga para o Samparkour

Ando mais atento ao que se passa na blogosfera, novamente. Neste regresso, voltei aos sítios do costume. Obviamente, o Barriga, do Daniel, com que até já me exaltei uma vez, por um comentário sobre design (águas passadas...), é uma das visitas que não deixo de fazer, quando ando por aqui.
De lá, saí para o Samparkour. Filmado em São Paulo e, como diz o Daniel, mostra um pouco ( muito pouco, mas mostra) de alguns dos emblemáticos da arquitectura de Sampas além de parkour, claro!
Ok, ok, para os preguiçosos que não se deram ao trabalho de seguir o link que deixei ali em cima, aqui vai direitinho do youtube...




PS1 Aqui onde moro, em Brasília, na minha quadra, há um grupo que treina, todos os sábados, Parkour. Um dia ainda gostava de ver a maltinha a fazer parkour nos pratos do palácios dos congressos, ou a saltar na catedral.

22 de agosto de 2009

absolut nonsense


Segundo o suposto designer isto é interactive design.
Eu bem sabia que um dia os travessos das instalações iam começar a fazer design.
Se não entenderam, a coisa funciona assim. A pessoa senta-se e a cadeira faz um scan do nosso Bum, do nosso rabo, ou da bunda, como se diz aqui no pulmão do mundo. Posto isto, sai um print e é suposto a pessoa ficar envergonhada.
Admira-me como é que o tal do Tomomi não sei das quantas não sente vergonha por apresentar isto. O que eu acho mais interessante é que ele deve mesmo estar super orgulhoso por esta bela descoberta.

Pelo menos já há muita gente a aplaudir este grande criador, e, pelo que me cabe, não deixo de lhe dar tempo de antena aqui, infelizmente...
Parece que o senhor vai estar presente no London Design Festival, mostra internacional de design na capital de sua majestade, enfim...

Segundo a GreenMuze a cadeira "combines the common chair with a photocopier, eliminating the need for two pieces of distinct furniture", portanto elimina a necessidade de duas peças distinta de mobiliário, portanto é um acto de poupança para o planeta, tirando o facto de se gastar uma folha para imprimir um rabo cada vez que alguém se senta, é extremamente verde o projecto.

A mente brilhante que teve esta ideia acredita ainda que não se fala muito sobre rabos “I believe that human buttocks are one of the less discussed and focused part of human body,” entendi, era o que a humanidade estava precisar, discutir mais, pena que não seja sobre o rabo que muitos parecem ter no lugar da cabeça.

PS.1 Se ele intitulasse isto como um sex toy, não teria nada a declarar sobre o assunto, até porque é imagem que povoa o imaginário de quem viu os filmes nos anos 80 e 90 em que havia aqui e ali uma cena de sexo em cima de uma fotocopiadora.

PS2.Ele chamou a isto i-bum, será que apple descobre isto e começa a ser brinde na compra de um i-phone?

20 de agosto de 2009

a gripe anda por aí...

Anda por aí e agora apanhou-me.
Estou cheio de calor, porque está calor e, ao abrigo da sabedoria popular, estou cheio de roupa para suar.
Desta forma, fico em casa, quieto.
Até então fiz zapping alternado com um sono de quem está prostrado no sofá.
Uma diz que emagreceu 30kg e, por isso, se sente muito bem, revigorada, enquanto a outra lhe pergunta como foi a cirurgia gastro... puft zap, flameng....., puft zap, saia justa, a (como é que ela se chama? ando com memória de ameba, uma loira, anda no zapping da noite, na novela da globo...) bom, puft zap, resultado de entradas de recursos estrangeiros, o dólar cai, as bolsas europeiras fecharam em alta, puft zap senador mário couto, enquanto pega os dois micros na sessão do plenário, queixa-se, mais uma vez, do estado do seu estado (não, não é redundante, porque o paraná está em péssimo estado, segundo ele que eu nunca lá fui, com empresas a fechar e, blá, blá, blá...)
A tv senado é sempre uma boa companhia, e o mário couto, ups, desculpe!, Exmo. Senador Mário Couto, porque eles se tratam todos por exmos, ou por vósescelência, é um orador que anima as sessões do plenário com as suas palavras fervorosas.
Bom, enquanto ele bate no palanque, como é típico, lembrei-me que me esqueci do texto, atrevo-me a dizer, brilhante que escrevi na folha em branco que me esqueci de deixar, ontem, na mesa de cabeceira.


ahh, engraçado, na tv senado, de quando em vez, por uma questão técnica, eles perdem o pio por alguns segundos, o Mário Couto, cala-se, sempre que está no meio do seu efusivo discurso, e fica a bater no micro até voltar o pio, (há uns que continuam a falar e isso é chato porque se perdem palavras mui bem proferidas pelas excelências.

Bom, sobre o texto que escrevi ontem, era mesmo um texto brilhante, com um humor refinado e que deveria ter sido aqui publicado.
Nâo o fiz e agora estou entregue à imbecilidade da televisão.
Ontem, fiquei a ouvir a comissão de investigação sobre o caso do Sarney, ou melhor, pensava eu que seria sobre o sarney (olha para o que me havia de dar agora, aos 31, para perder tempo a ouvir politiquices...)


Ahh! Maitê! maitê proença! lembrei-me, a ameba teve um espasmo e pufts zap
olha! novo record mundial nos 200m, será que foi agora mesmo?
15h38 "usain bolt conquista o ouro nos 200m rasos" segundo a globo notícias, com o tempo de 19.19
puft zap, o doutor house num filme que se chama Garota do Rio, em copacabana??? puft zap bbc world news com um velho bem tratado a falar sobre a situação dos desgraçados no médio oriente puft zap merda! tiraram-me o 61, via sempre uns filmes mas agora, por uma política porreira das prestadoras de serviços televisivos, os gajos fazem o querem e nós pagamos no fim do mês e pronto, temos um número para ligar se quisermos perder mais a paciência puft zap um passado que espera ser encontrado, cidades perdidas, esta noite às 21h, será que era mesmo esse o título do programa? bom! esta noite às 21h no history! espera, espera! amanhã às 21 o indiana jones, presidente bush num programa que se chama em busca de UFOS, bem me parecia, "no que se refere ao presidente bush, não está claro o que ele sabe..."puft zap outra vez tv senado, pelos vistos acabou a homenagem à maçonaria, o mário couto já se foi sentar e agora está Kátia Abreu, a falar sobre a reforma agrária? sim, "não basta um pedaço de terra, hoje o poder vem pelo conhecimento..." boa, boa... puft zap está a cabar algum programa ou série, ou filme, no AXN, e o Lost? nunca mais vi um episódio do Lost, a seguir, CSI miami... puft zap, conitnua a ex gorda a dizer à oprah (será que é assim que se escreve o nome da opra? com ou sem "h"? onde fica o "H"? bom, não sei o nome da ex gorda, ahh, ok, Star, pronto, acabou a ópra. a seguir mulheres no cinema, inspectora não sei das quantas com o apoio da natura, e acabou de nascer uma nova LED tv puft zap a claro está a oferecer 3000 grátis por mês, eu só tenho 300, devia ter esperado por esta promoção, merda! Universal Pictures, presents, tem a merryl streep, "a morte lhe cai bem" naaaaa... puft zap olha o berverly Hills, no sony, aquele antigo com o steve, o brandon, a brenda? a brenda não! essa foi expulsa e foi para as bruxas e agora foi reanimada no novo 90210, está a começar, mas já vi este episódio de manhã, (o seinfeld é só logo às 20h), por isso, puft zap bom, fica no globo notícias enquanto me tento alienar do calor que me está a incomodar solenemente (acho que o computador no colo, não ajuda nada, né?)

na globo N, segundo o IBGE, o mercado de trabalho está a melhorar, e agora lembro-me de alguém que dizia, não sei onde, claro! (a tal da memória de ameba, lembram-se?) no outro dia que as pesquisas são uma forma de mentir com precisão. Pronto! era só isso, lembrei-me disso e escrevi, existe algum problema com isso?

Os FDP da net, responsáveis pelo triste zapping a que estou restrito, tiraram-me a SIC internacional. Aquele canal de extremada qualidade, que tanto me orgulhava enquanto português, em terras de vera cruz, mas, a bem ou a mal, lá podia, aqui e ali, ficar esperançoso que a catarina furtado aparecesse numa entrevista a dizer que sentia muito a minha falta, que eu voltasse para o condado e mais nada.
Bom, quero ir ao condado, setembro, de setembro não passa, e quero ir na primeira quinzena.
Bom,a bolsa está em alta na bovespa, e reflecte a melhora da alta do mercado norte americano. Bom, não sei o que isto significa, mas espero que as passagens não fiquem mais caras.
estranho, ninguém fala na bolsa de valores
o médico abdunassil, será que é mesmo assim, o nome do homem, foi acusado de violar 50 e não sei quantas pacientes de dele.
alguns colégios usam as camaras para registrar tudo o que acontece em sala de aula.
Espera, isto é o big Brother.
Os pais podem ver tudo, podem acessar a internet e ver o filho a tirar macacos do nariz nas aulas de matemática, porreiro! Isto é uma coisa altamente necessária para o bem estar da sociedade.

o mundo está perdido, e eu também, puft zap...

2 de julho de 2009

speechless

hoje estou sem saber o que dizer, porque o sentimento é muito grande para se traduzir em meras palavras.
queria estar mais perto. apenas isso...

26 de junho de 2009

será...

que ele morreu mesmo?
ainda não acredito e custa-me a assimilar.
Mas a coisa já estava no ar.
Então vejamos.

Há uma semana atrás, alguém me falava de um tal de chris não sei das quantas, um puto novo que dança, e dizia, enquanto o DVD passava no plasma do bar, que ele era o melhor. Eu refutei com um - então e o michael jackson?

Esta segunda-feira, enquanto via o So you think you can dance, programa em que os petizes e as travessas se mexem ao sabor de 1 milhão de dolares, pude perceber que havia alguns dos elementos que estão acima da média, no entanto pensei - é incrivel como nenhum deles consegue superar o míguel e inventar coisas tão inovadoras quanto.

Na terça-feira fui ao clube de vídeo e o MJ dançava no plasma por cima do cesto das promoções, fiquei uns 15 minutos a ver as coreografias dele no concerto do japão e quase comprei o DVD mas decidi comprar depois porque só havia uma da Sade e também o queria mas só tinha dinheiro para um.

Ontem, pela manhã, apaguei os sms todos de um Quiz que andava a receber no telélé e que me habilitaria a a ganhar um bilhete para duas pessoas para o concerto do miguel.

Pela noite, fui a um jantar e no caminho disseram-me que tinham ouvido dizer que o miguel tinha morrido. Já no jantar que um jornalista deu na sua casa, no meio de uma degustação de whisky, não bebi nada, apenas provei com os lábios que, além não poder, também não gosto muito da bebida. Mas, entre uma explicação e outra sobre os diferentes shivas, alguém comunicou que o michael havia morrido, pensei que estava tudo a a ficar doido, ou então o whisky já andava a fazer efeito na mente das pessoas que me rodeavam.
Voltei para casa sem dar muito crédito à informação que um bando de whiskolatras me havia dado.

Hoje, liguei o msn, e tinha lá uma mensagem do meu pai a perguntar-me se eu sabia que o michael jackson tinha morrido.

Regresso ao passado, aos 7 anos o meu pai deu-me um walkman da sony, azul, com os fones laranjas, e duas k7s, uma do miguel e outra da tina, menos de um ano depois, roubaram-me o walkman e, pior, as k7s.

Vou perguntar ao meu pai se ele bebeu whisky ontem ou se quer só roubar-me a esperança de um dia ter uma k7 autografada pelo travesso.

PS1. acho que muito jornalista por esse mundo fora, fez ontem degustação de whisky.

PS2. Para quem nunca viu as travessuras do petiz, aqui fica o vídeo.



16 de junho de 2009

in and out

.
Este projecto, "mineral house", como é demonimado no mundinho da arquitontura, é do Yasuhiro Yamashita e é catita. Achei-o aqui e fui ver mais coisas dele.
Já tinha visto essa imagem com o carocha amarelo e tudo mas, hoje, fiquei curioso e descobri outro projecto que acho ainda mais instigante, se bem que menos estiloso, iô, má men, mas brutal na sua concepção e na criação do espaço interior.
ora dizei de vossa justiça.


Ainda me instigou mais esta imagem que se segue, porque o gaiato brinca com a escala com bastante "esperteza"e ficamos sem referências para atribuir uma escala ao objecto que, ao primeiro relance, me pareceu um prediozito dos promotório (coitado do yama). Apraz-me dizer que o travesso é levado da breca.PS 1 quem quiser ir ver o site do atelier onde o menino é o boss, espero que entendam nipografia, pode ir ao www.tekuto.com ou, para os que na entendem patavina de japonês, seus analfabrutos, podem ir aqui ao japan-architects.com.

Ps2 2 ah não, agora vão reclamar porque não está em português. vá, vá... ide aprender os versos do mundo que a aldeia agora é global

Ps3 se a casa da música do Rem, parece um meteorito caído do espaço, o que dizer da mineral nesta imagem aqui

15 de abril de 2009

what the fuck is art ?

Ontem, instigada por um trabalho de faculdade, a minha mãe perguntou-me o que era arte.
Fiz uma pausa e percebi que não consigo responder a essa pergunta como se responde que dois e dois são cinco.
Depois, a conversa, mais uma vez suscitada pela carga de trabalhos da faculdade, derivou para o confronto entre o conhecimento enquanto poder e, segundo um autor, que não ma lembra o nome do petiz, o conhecimento restrito à ciência por sua vez circunscrito à tecnologia.

E por ali seguimos filosofando sobre arte, o conhecimento e sobre a correria do dia-a-dia.

Discutimos o facto de não termos tempo para reflectir nas coisas e como o facto de termos tanto conhecimento à nossa disposição nos deixa paralisados face ao tanto que ignoramos.

Portanto, eu que estudei tanto a história da arte, percebo que não sei o que é arte.
É que existem milhares de conceitos de arte por aí.
Arte é a busca pelo belo, será? (e o que é o belo, não me venham com o gillo dorfles e a estética e o gosto, ok!)
Arte é uma manifestação do homem, desprendida de função objectiva! (hum, ok, mas muito vago...)
Arte é tudo e mais um par de botas que crie impacto, e provoque interacção entre um criador e um observador. (aqui entram as merdinhas das instalções e de muitas das performances que não fazem sentido algum que não para o seu criador, e para milhares de críticos de arte que buscam um entendimento maior do existencialismo).

Afinal o que é arte?
um quadro é arte?
ok, é pintura!
um filme é arte, diz que é a sétima, mas todos os filmes são arte, até o rambo e a música no coração?
Fotografia é arte, mas e as fotos da matadinho que andaram a rodar na net, são arte? e quem é que diz que é arte ou não? ainda existe academia das artes? eles ditam as regras?
as regras surgem todos os dias?
Existe distanciamento para que possamos classificar o que é arte, hoje?

Será que o marcelo do campo matou mesmo a arte, com um simples urinol?

E quando a minha visinha diz que o filho dela é um verdadeiro artísta, devo acreditar?

bom, já dizia o outro, estudamos muito para ficarmos estupidos.
E diz ainda o outro que o paraíso é dos pobres de espírito.

tu que perdeste tempo a ler isto, sim! tu!
tu que sabes o que é arte, explica-me que eu já não sei o que é...
Tu que não sabes o que é mas que vais pesquisar por aí e tens tempo para me ajudar a ajudar a minha mãe, afinal de contas é triste ela perceber que o tempo que eu passei na faculdade só serviu para me tornar imbecil.
bom, se tiveres a tua versão do que é arte, manda uma mensagem para a minha caixinha de coments.

Não sei se perceberam, eu não sei o que é arte mas sei perguntar, o que é arte? em inglês, además, com palavreado rico e próprio de quem anda atento aos outros povos.

Hoje em dia trocamos um tipo de conhecimento, por outro. É o sinal dos tempos!

9 de abril de 2009

diz que sim

Diz o calendário que já se passou uma data de tempo desde que fiz o último post.
(Será que o animal que deveria actualizar o blog anda a pensar em desistir de escrever?)
Esta merda parece mesmo aquele palhaço que está à espera dos comentários ao estilo, vá lá, não deixes de escrever, continua, gostamos de ti...
bom, ao que parece existe uma vontade, lá bem no fundo, de voltar a mandar uns bitaites ao pessoal.
vá, calminha que o império não se desfez num dia, e ainda hoje dizemos que os portugueses foram os maiores na época dos descobrimentos, ou terá sido dos achamentos?

Bom, não perdi nada para achar, mas parece que já não consigo achar um pingo de sentido nesta prosopopeia...
olha porreiro, prosopopeia não fica sublinhado, portanto parece que está bem escrito.
Esta cena do corrector é uma merda...
acho que é a segunda vez que escrevo merda, bom, com esta foi a terceira...
vá, ide, e voltai outro dia, que isto hoje já não vai chegar a lado nenhum...
diz que não. Parece que sim...

6 de março de 2009

amuse me - lou mora


O maroto é fotógrafo, tem talento q.b. e venceu o go indie
Responde (será?) na rua quando o chamam por lou mora.
Responde às perguntas feitas no blog, por email, quando se pede para roubar fotos para ilustrar posts e tem um site bem catita.

4 de março de 2009

movie spy

ontem fui piloto de teste de cinema.
Infelizmente não posso comentar nada do que vi.
Sequer o título do filme.
Mas é daquela realizadora (segundo a vanessa deveria escrever realizador, será?) any way, de qualquer forma não posso dizer o nome da lady.
Epá, já estou a dizer que é mulher (será que levo uma advertência?).
É porreira esta sensação de espião das artes.
Vais lá e vês os filmes antes dos outros, comentas, falas com a equipe do filme, elaboras uma tese sobre os personagens, sobre o argumento, música, fotografia e todos os aspectos que te pareçam pertinentes, melhor de tudo, eles ouvem mesmo o que nós temos a dizer e podem mudar qualquer coisita.
Sabes aquela sensação nos filmes, em que comentamos- ahhhh! não gostei do fim, eles deveriam ter morrido, ou ter sido felizes pra sempre - mas ninguém nos ouve?
Pois ali eles ouvem e com um pouco de sorte ainda te fazem a vontade.
Eu dei uma dica para o título, será que pega? bom a lady anotou no livrinhno dela depois de rir durantes uns bons 4 segundos.

11 de fevereiro de 2009

sexto elemento

.Quando pensamos espaço, muitas vezes, descuramos o sexto elemento.
Pensamos as paredes (quatro para dar conta certa) e pensamos a plantinha. Pensam-se materiais, cores, texturas, cotas, e tudo e tudo e tudo.
O sacana do tecto é tantas vezes esquecido ou, no minimo, deixado para segundas núpcias.
Estava a ver este projecto do Carrilho da Graça e percebi que, muito embora tenha gostado do todo, o tecto me despertou mais interesse.
Depois pensei que realmente nem sempre se pensa no sexto elemento, denominado por alguns de quinto alçado, como um lugar de cor.
Antigamente, no tempo dos afonsinhos a coisa não era bem assim. Os tectos eram de longe merecedores de mais atenção que os demais alçados.
Acho que andamos a perder qualidades com o tempo. (Sim sim, portugal foi uma potência mundial e blá, blá, blá....)
E não me venham com desculpas de dores no pescoço inspirada na conversa dos tempos da carteirinha nas palavras da professora de ergonomia com o angulo na cervical e rebéu béu béu pardais ao ninho.

20 de janeiro de 2009

wishlist


Este é o primeiro de uma série de objectos de desejo.
Trata-se de uma ilustração do Ben Tour que está à venda aqui.
Quem quiser ajudar a tirar este objecto da wishlist, é só ir aqui, desembolsar 85$, e puft. Desejo saciado.

PS. obviamente, devem oferecer-mo! Senão deixa de ser desejo e passa a ser inveja!

1 de janeiro de 2009

de acordo?

ano novo, escrita nova, será?

Heis o que penso sobre o acordo ortográfico, ou melhor, o que o oswald de andrade pensa com a minha concordância...

"
pronominais

(oswald de Andrade)

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
É como os desejos de fim de ano, todos desejamos paz, saúde, amor, e concretizações e mais um par de botas novas. A verdade é que, por mais acordo, ou consenso, que exista nesses desejos, nem todos seguem o mesmo rumo ao longo do ano. Existem particularidades inerentes a cada um, ao seu universo privado, e ao seu contexto. Com a língua vai ser o mesmo, por mais papéis que se assinem, o bom negro e o bom branco, e o baiano e o alentejano, e o alfacinha e o carioca, e o tripeiro e o paulista e, e..., terão sempre o seu jeitinho próprio de dizer as coisas, aquele..., aquele mesmo com que nos vamos rindo uns dos outros...
Aqui pelo brasil, aproveito para desejar a vocês um excelente 2009, enquanto que, do outro lado do atlântico, bom ano novo, pá! or should i write happy new year!