29 de fevereiro de 2008

este ano é...

.
...bissexto

não! não é o ano dos bi-sexuais!

Este ano tem 366 dias.
Como podemos ver existem dois seis no número de dias, desta forma, o ano é bissexto.
Isto acontece de 4 em quatro anos, quando as seis horas excedentes do ano somam o suficiente para se contabilizar um dia extra.
O dia extra é hoje! Diz-me - que fizeste tu de especial?

PS. tive de por mais um (s) no bi(s)sexto porque parece mal um gajo deixar as coisas mal escritas.

26 de fevereiro de 2008

Ready made

.

Ando aqui a namorar a pastil chair do eero aarnio.
O aarnio, além de finlandês, é, logo depois da abelha maia, um dos meus (h)eeróis.
Nos anos 60 ele começou a brincar com o plástico e acabou por se tornar um dos ícones do design que inspira, até aos dias de hoje, outros designers.
Então vejamos. Além da pastil, que eu ando a namorar (e que talvez a seduza com versos e prosas dadaístas), existem outras que eu percebo logo pelo ar delas que não querem nada comigo, mas, sempre que as vejo, olho-as assim como quem não quer a coisa.
ok, ok, as imagens...
1. aqui podemos ver o eero dentro da ball chair, a fingir uma conversa telefónica, talvez com o panton, ah sim, claro, e as miniaturas para quem gosta de palhaçada.
2. podemos ver o magritte sentado nela enquanto pensa - ceci nest pas um pipe - pois não! é uma cadeira mas dá para fumar cachimbo nela...
Agora que já viram as imagens da ball chair, uma criação de 1963 (sim, sim, fui ver o ano ao site), vamos deixar as outras coisas do nosso herói e saltar, uns anitos, para o ready made de alguém que pegou na ideia lá atrás e, puft, catrapimbas, voilá...Esta é a sonic chair, não sei muito sobre ela ou, melhor, sei tudo sobre ela. Foi criada na década de 60, por um designer chamado eero aarnio, e agora foi re-criada por não sei quem.
Não tem o telefone vermelho para fazer chamadas de graça para o pentágono, e, mais, não sei se dá para fumar cachimbo. Esta, dizem eles, foi pensada para ouvir música, isola o som do exterior, tem colunas e ligação para ipod, imagino que a mesinha, segundo eles, dê para usar um portátil.

Mas, desculpem-me, vou continuar a namorar a pastil e o aarnio é um eeroi.


PS1. Se quiserem comprar a ball chair, em portugal, podem ir aqui, pela módica quantia de 5445.00 euros, pode ser vossa.
Como podem perceber, eu sou muito mais a pastil. À venda, no mesmo sítio, por um preço mais apetecível, apenas 1400.00 euros.

PS2. Estranhamente (uma vez que essas coisas são, por norma, bem mais caras por estes lados), a pastil aqui no brasil é mais barata, custa 1450,00 reais, menos da metade do preço dela em portugal. Porreiro não?
Ou melhor, legal né?

21 de fevereiro de 2008

amuse me

.Estava aqui a pensar se os marotos, dos TNA, deveriam ter acompanhado a torção nas janelas e não cheguei a uma conclusão.

Do jeito que está, as janelinhas (que estão direitas), parecem tortas, quando comparadas à torção da casita. O que é porreiro, pois, desta forma, instigam ao olhar de quem passa na rua a um desajuste maior.

Mas, imaginemos que as janelas sofriam a mesma torção do resto do objecto (esta mania de chamar objecto a uma casa!). O que é que aconteceria?

E eu respondo, no alto das minhas conjecturas (porque sou um gajo muito altruísta) - Uma coisa simples, essa mesma percepção de torção, vivenciada no exterior, seria, também, captada no interior, pela obliquidade dos elementos fenestrados (elementos fenestrados é muito bom...)
Será!?
Bom, de qualquer forma gostei, gostei muito! Se quiserem ver mais arquitectura deles, podem ir aqui.
Se lá forem, não deixem de ver esta casa algures no que resta da natureza, magnífica.

18 de fevereiro de 2008

a minha é menor que a tua

.
Entre putos, é normal conversas ao estilo - o meu pai é bombeiro! - e o meu é joga no benfica!
E a competição continua- eu tenho piscina! - e minha casa é maior que a tua!
mas quando alguém diz - a minha casa é menor que tua! - acaba a discussão, será?

Ora bem, o artísta (incrível como o termo é tão generalista) Kacey Wong, andou a pensar das dificuldades de vida em Hong Kong com uma demografia densa associada a elevados custos por pequenas habitações.
Posto isto, ele tentou resolver o problema, pelo menos o dele, e lá criou uma unidade habitacional, móvel, apoiada num triciclo, que o permite "viver" onde ele quiser. A apontar o facto de os pés ficarem de fora quando o Sr. se deita, mas isso é um detalhe. Será?

Bom, afinal o mote dele não foi social, tampoco procurou resolver o problema do aumento demográfico em hong kong. Segundo podemos ver, no site dele, começou com um problema mais individual, na necessidade de ter um espaço de meditação, limpo e móvel, onde pudesse descansar e pensar...
"Originally the idea came from my need of a clean space within my studio for keeping the dust off and place to rest and to think, a kind of mobile meditation chamber inside my studio
Se ficaram curiosos, assistam aqui ao filme da BBC sobre esta casa móvel.
Não ficaram curiosos? ok! afinal, não era bem aquilo que eu queria mostrar aqui. Queria mesmo, mesmo, mostrar-vos uma coisa já com uns tempos, que já passou a fase da ideia e do protótipo...
É a micro compact home.
Como podemos perceber, esta unidade habitacional é maior que a do k.wong, mas, embora o wong possa servir-se da frase que deu o título a este post, nós, e agora uno a minha voz à voz do(a) leitor(a), podemos também dizer que esta segunda ideia é maior em tamanho e substância.
Começa agora a discussão e, alguns leitores, estão a criar um grupinho de defesa do artísta Chinês.

A questão é a seguinte, a casa do k. wong, (favor não confundir com king kong) é móvel, uma vez que ele a montou em cima de um triciclo. Mas, as pernas do sr, ficam fora da barraca.
Bom, a micro compact home surge com o mesmo propósito de resolver este problema de ocupação territorial com que nos vamos deparando um pouco por todo o globo. Este projecto, da responsabilidade dos
Horden Cherry Lee Architects, foi desenvolvido na Technical University of Munich. Assim sendo, foi testada por lá mesmo, onde existe uma grande procura de habitação por parte da massa estudantil.
Durante um semestre, seis alunos e um professor, da Universidade de Técnica de Munique, prestaram-se a ocupar as respectivas unidades. Obviamente pediram para estender o prazo até ao fim do ano académico. Então vejamos como é que são os 2.60m x 2.60m x 2.60m...
Como não fica muito explícito nas imagens, cá vai a lista dos apetrechos:
  • duas camas duplas compactas -cada uma com 198cm x 107cm
  • Espaço de arrumação para roupa de cama e material de limpeza
  • mesa retráctil para até 5 pesoas - 105cm x 65cm
  • televisão LCD na área de estar/jantar(diria ainda, na cozinha e num dos quartos...)
  • instalações sanitárias com chuveiro
  • área de cozinha com pontos eléctricos, fogão duplo, lavaloiças, torneira extensível, micro-ondas, frigorifico e congelador, três compartimentos para separação do lixo, prateleiras de arrumação, gavetas de talheres retráctil e mais não sei o quê que eu não entendi bem o significado (cutlery drawers with gentle return sprung slides and double level work surfaces)
  • termostato de controle de ar quente, ar condicionado, aquecimento hidráulico.
  • alarme de fogo, e detector de fumo (então os estudantes não podem fumar lá dentro? tá mal)
Bom, uma das coisas porreiras, é que pode ser levada para diferentes cenários e, na europa, já a podemos comprar por uma quantia entre 25,000 euros e 36,000 euros, fora taxas e comissão do consultor imobiliário (ladrões) e blá, blá, que podem ver aqui
E, para os que não se dão ao trabalho de clicar nos links, cá vai o contacto para compra da micro compact house :

Bryony Hamilton Kelly
micro compact home ltd
tel 00 44 [0]20 7495 4119
fax 00 44 [0]20 7495 4119
email: info@microcompacthome.com

Como podem ver eles entregam em todo o lado, por mais inóspito que seja o lugar, sem necessidade de pedais...

PS. a parte em verde, precisa de um tradutor simpático, que me explique exactamente o que aquilo quer dizer, favor deixar a tradução na caixinha de comentários.

14 de fevereiro de 2008

mala de fim de semana

.

Lembram-se quando, antigamente, nós iamos de viagem (iamos?), e levávamos as malas da louis vuitton?
Ok! não eramos nós, eram os nossos antepassados ricos, que viviam nas histórias da burguesia e dos coches, carruagens, balões e as suas viagens à volta do mundo, aquelas de 80 dias.
Então é assim! Quando os nossos antepassados ricos viajavam, eles levavam malas, que eram autênticos armários, e, antes disso, ainda se valiam das arcas. Lembram-se das arcas? aquele objecto, em extinção, que serve para guardar a roupa de inverno quando é verão e a de verão, quando é inverno. Sabem? aquelas onde se deixam as bolas de naftalina para que as traças não tomem conta da roupa...
Ok! já estão como uma ideia da coisa!
então imaginem o que era se hoje, às 17 horas, ok, não é tão literal assim, hoje meaning nos nossos dias, existisse uma coisa onde coubesse tudo, onde pudessemos levar as nossas coisas, cada vez que mudamos de casa.
(Como se eu mudasse assim tanto de casa!?)
Enfim, já percebemos o nomadismo que vai por este mundo fora, não?
O pessoal a emigrar! a mudar de país! de continente!
(ok, ok! faço parte deste grupo de pessoas)
Atentaram à primeira foto, né!?
vejam agora se esta coisa não foi pensada para os dias que correm...

sim, o que puderam ver nesta imagem, cabe dentro da malinha da primeira imagem que vos mostrei lá em cima.
tipo, vais de fim de semana e levas a mobilia toda!
acabam-se as desculpas para dizer que não aquele fulano inconveniente que se pendura em casa de toda a gente!

-ah e tal! posso dormir na tua casa no fim de semana?
-epá, não tenho cama!
-não faz mal, levo a minha!

Os culpados pelo casulo, são os designers Marcel Krings e Sebastian Mühlhäuser e podem ver no video que se segue como é que eles ocupariam a vossa casa se se pendurassem lá no fim de semana...

13 de fevereiro de 2008

pesca da lagosta

.
Esta é outra imagem da lagosta! ao que parece a lagosta ainda é uma raridade pelo mundo. Existem apenas os protótipos. Depois da m&m me perguntar onde poderia comprar uma coisa destas, resolvi tentar perceber melhor se já havia à venda e onde...
Fui aos sites, onde a descobri, e lá estava um número para contacto. Do outro lado, atenderam com um #$##EDF%#%TSDF#@$@#FPR%, e perguntei logo se podia falar em inglês.
But, yes, of course! Era a Sheilla (será que era esse o nome dela? Uma coisa é certa, não era a marta). Trabalha na Vernikon, empresa dinamarquesa, fabricante da lagosta.
E lá seguiu uma conversa com uns come again até que desliguei o ar condicionado, por cima da minha cabeça, e passei a ouvir melhor o que ela dizia lá do outro lado.
Bom, acabei por falar com o chair man, o presidente da birosca, um tal de Tulles, se é que eu entendi bem o nome dele, e ele disse-me que a cadeira seria comercializada em maio.
Perguntei-lhe se eles iriam espalhar o assento para outros rabos, que não apenas os dinamarqueses, e ele respondeu-me que sim. Numa primeira instância não atenderiam as bundas brasileiras, mas que os rabos portugueses seriam contemplados por meio de uma empresa do Oporto.
Ele disse-me que me manteria informado, para que eu pudesse atender às perguntas no meu blog, e lá me deu o e-mail dele - that´s my personal mail.
Só a título de curiosidade, não consegui saber o preço da coisa, porque não me pareceu cordial da minha parte interrogar o sr assuntos maiores, mas, e passo a citar o site da vernikon -
"V" is aiming at the customer who is willing to pay what it takes to obtain the very best.
Portanto vai sair ao preço de iguaria, qualquer coisa no mesmo segmento do marisco, a preço de lagosta, outra coisa não seria de esperar.
Sim, sim, acabei de ligar para Cortegaça, para a Cormar, ali à beira do oporto e, ao fim da quarta tentativa, lá me atenderam. Era a lurdes, e disse-me que a pessoa que trata disso, se encontra fora, e só com ele mesmo (mais uma vez, não era a marta).
É um tal de Dr. Rui Pinto, só ele é que sabe dessas coisas e trata desses assuntos.
nas palavras da Lurdes - o Doutor está em Angola e só no fim do mês é que volta, ligue depois!

Conclusão, ainda não abriu a pesca à lagosta, até lá, talvez se curem da coriza...

11 de fevereiro de 2008

amuse me - 2 em 1

..
1. o livro
.

1 Um dia, Jean-Paul Sartre resfriou-se. Foi talvez um golpe de ar que o apanhou à traição. Daí para a coriza foi um passo (isso conteceu há muito tempo e quando ainda eram possíveis os golpes de ar). Sartre puxa o lenço e toma um susto: - em vez do lenço veio uma lagosta. * Furioso, atira fora a lagosta e mete a mão no bolso. E saltou outra lagosta.

2 Lagosta ou lenço, precisava assoar-se. Não teve mais dúvida:- quem não tem cão, caça com gato. E Jean-Paul Sartre assou-se com a lagosta. A coriza continuou, inestancável. E o filósofo passou o dia, a noite, a madrugada,
enxugando o nariz com lagostas e jamais com o lenço.

3 Outro qualquer, mais sugestionável, se teria enfiado no primeiro hospício. Mas o gênio se salva pelo humor. E ele, alegre, achava graça ao ver que começava, na sua vida, o "ciclo das lagostas". Um dia, pôs na panela uma das lagostas alucinatórias. E, quando a bicha ficou pronta, Sartre a devorou com maionee. Fez a descoberta: - as lagostas imaginárias são mais gostosas"
...
_________________________

* Durante um curto periodo na década de 1930, Sartre fez uso de mescalina, sob controle médico, para avaliar os efeitos de substâncias alucinógenas na formação de imagens em um indivíduo. Poucos dias depois o filósofo passou a ser atormentado pela impressão de que estava sendo perseguido por lagostas.

_________________________

Rodrigues, Nelson, O OBVIO ULULANTE - as primeiras confissões / de Nelson Rodrigues, Rio de Janeiro: Agir, 2007


2. a lagosta

Lobster é o nome desta iguaria, lagosta, em português, para quem não ispika ingris.
design do atelier
Lund & Paarmann e podem ver + imagens aqui

PS.Espero que não sejam alérgicos a marisco, que não experimentem assoar-se à cadeira e, principalmente, que não a ponham na panela.

8 de fevereiro de 2008

finalmente o poste de uberlândia

.
Finalmente estou a postar as fotos tiradas em uberlândia, durante o pequeno momento de ócio que vivi há coisa de duas semanas... aquele que vos falei naquele outro post.

PS. espero que já estejam no i-looked a ver as fotos.

PS1. ainda não estão todas, isto vai aos poucos, é coisa para segunda-feira estar o quadro completo.

7 de fevereiro de 2008

amuse me

.
GAMplusFRATESI é o atelier, fundado em 2006, dos arquitectos Stine Gam e Enrico Fratesi.
Junta-se o design dinamarquês ao italiano e dá nisso.
No que toca a objectos, da minha eleição, eles não se ficam por aí, têm ainda esta pérola que me
encanta.PS. estou a precisar de um sofá, pode ser mesmo branco que eu não tenho nada contra a limpeza sistemática das coisas que nos rodeiam...

6 de fevereiro de 2008

vou só ali...

.
tirar as nuances, que fiz agora no carnaval, à base de cimento, gesso, tinta e afins, depois, vou mastigar qualquer coisa, deitar-me no sofá, acordar a meio da noite, arrastar-me até à cama, acordar mais tarde do que nunca, com o marceneiro e o vidraceiro a telefonarem para o telefone, que estará devidamente incontactável (acordar com o telefone desligado?). depois, lá dou o ar da minha graça no work, assim em jeito de quem só vai dizer olá, responder ao pessoal que me deixará mensagens.
Tratar de fazer com que os senhores, que ainda não receberam, sejam devidamente pagos...
Perceber todos os detalhes que poderiam ter ficado bons, irritar-me, ligeiramente, com isso, tratar de pensar numa solução para uma imagem porreira numa parede e, por último, nem por isso mais importante, ver se consigo postar alguma coisa de jeito aqui na birosca...

PS. será que ainda tenho algum leitor aqui por estes lados? ou foram-se embora como o electricista que me deixou as tomadas por colocar?