19 de março de 2008

hoje

.E agora perguntam vocês, porque é que eu postei aqui essa imagem.
Ok, não perguntam, mas eu pergunto por vós - porque é que postaste aqui esta imagem se não lhe conferes nenhum atributo extraordinário?

Pois é meus amigos, esta imagem é simples, de uma casinha branca algures pelo mundo.
O que esta imagem me trouxe à memória foi um mundo de grandes momentos.
Há uns anitos, quando já tínhamos comprimento nas pernas mas ainda não nos autorizavam pisar no pedal, lá nos deslocámos pela primeira vez para ir conhecer a tal casa de praia, do M.
Era um segredo bem guardado, numa península resguardada dos grandes magotes.
A praia era deserta e poucos, além de nós, se passeavam pelo areal.
O tempo foi passando e muitas vezes regressamos, ao encontro das nossas diferenças e das nossas cumplicidades.
Essa imagem lembrou-me esse refúgio, refúgio é a palavra certa, onde nos divertíamos num tempo com uma cadência bem diferente deste acelerado relógio de hoje.

Essa imagem, trouxe-me saudade, saudade de coisas simples, tão simples quanto um abraço.
Hoje terei de me contentar com um telefonema no lugar de um abraço. Ou, com umas palavras escritas sem rumo definido.
Da saudade, o pensamento, ou o sentimento, seguiu para esta tristeza da impossibilidade daquele abraço especial...

Hoje a saudade é em dobro, a tristeza é maior...
Hoje sou o imenso vazio de não vos ter por perto...
A ti Pai, um abraço forte. Escrito porque não to posso dar. Hoje.

14 de março de 2008

para mais tarde visitar

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Os arquitectos Mónica Rivera(porto rico) + Emiliano López (argentina), com atelier estabelecido em Barcelona, sairam-se com este belo projecto para um hotel aqui em terras de nuestros hermanos.
Quem for ali para os lados de Zaragoza, cidade que também merece uma visitinha, nem que seja, como eu, uma breve pernoita a caminho de Barcelona, mas, dizia eu, quem for para aqueles lados, ali a uns quilometros de Barcelona (200, será?), faça o desvio e hospede-se no Hotel Aire de Bardenas, os preços variam entre 110 e 180 euros, dependendo da tipologia do quarto e da época, o pequeno almoço custa 11 euros e 21 cêntimos. Segundo eles, dispõem de pacotes especiais para grupos e actividades.
Se quiserem, podem encontrar no site do hotel mais informações úteis, além de mais fotos, e de um videozinho que vou colocar aqui (sim, sim, na expectativa que vocês vejam).
Vá, agora é só pegarem no vosso mégane coupé e fazerem-se à estrada...



PS. descobri este projecto aqui, e tirei fotos daqui e dali...

13 de março de 2008

o maroto tem talento!

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Esta é uma cena do Arizona Dream, um filme do tio Emir. Protagonizada pelo grande Vincent Gallo, esta cena resume-me muito do que é este actor que, infelizmente, não é frequente no círcuito comercial e precisamos procurá-lo por aí como se se tratasse de uma agulha no...
Nesta obra, do Kusturica, entra ainda o Johnny Depp e, imaginem só, o Jerry Lewis também entra a Faye Dunaway, esta última menos conhecida entre vós (acredito eu no alto da minha imbecilidade).
Bom, como é óbvio, e como em qualquer filme do kusturica, temos a banda sonora do Goran Bregovic.
Diz que o género do filme é comédia, mas, acho que o filme vai um pouco além disso.

Tenho-me lembrado imenso desta cena e pensava até que era de outro filme, do vincent, o buffalo 66, mas foi uma confusão que este cerebro de galinha fez.
Ainda não encontrei, por aqui, nem o Arizona Dream, nem o Buffalo66, em portugal existe à venda na Fnac... se quiserem podem clicar nos links que vos deixei nos títulos dos filmes e puft (sempre a fazer a pápinha toda hã!).


PS1. ficam aqui mais duas sugestões de prenda para agradar ao sujeito que vos vai entediando a cada post...

PS2. façam lá o favor de deixar a preguiça de lado e esperar o download ssugaditos e depois ver o filmito que é pequeno e foi escolhido propositadamente para vos fazer perder um pouco do vosso tão precioso tempo...

PS3. já agora dêem uma nota pelo desempenho do Paul Legere
...

PS4. quem quiser saber mais do vincent pode ir aqui e, se quiserem entrar em contacto com ele, podem vir aqui mas, cuidadinho com o que vão escrever (para entenderem o aviso precisam de ir lá e ler o que ele escreveu...


11 de março de 2008

green parade

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Recebes a flor, porreiro, agradeces, ficas contente e depois ficas meio sem graça de não ter um recipiente adequado onde colocar a bela gerebera.
Com uma garrafinha resolve-se sempre a questão. Pomos a flor dentro de uma garrafa de àgua e tcharam, problema resolvido. Pelo menos a parte que não deixa a flor secar logo no primeiro dia.
Mas ficamos com um problema, a beleza da flor fica comprometida com a garrafinha de àgua, (a não ser que fossem uma garrafinhas de água que um dia mostrarei aqui).
A proposta dos srs. é simples, uma roupa para a garrafa que nos remete logo à imagem que temos de uma jarra de flores.
Pois é, a maltinha da Orcadesign é bastante preocupada com as questões ambientais e apresentam uma consciência verde perante as coisas simples do nosso dia a dia.
Eles apresentaram também esta coisa aqui (breve pausa no texto para que possa enfiar aqui a imagem ilustrativa do que quero comentar...)
E agora perguntam vocês - mas que raio é isso aí?
-Para que serve?
Ao que eu resolvo recorrer a uma segunda imagem do mesmo objecto para vos iluminar um pouco...
E agora, completamente furiosos, e enraivecidos, com uma arma apontada ao monitor, vocês voltam à carga - Mas que merda é essa? Uma gravatinha no dispensador de sabonete líquido? isso é ecológico? é amiguinho da natureza?

Ok, ok! isso aí serve para que não pressionemos até ao fim, portanto, impede-nos de gastar mais sabonete do que o necessário...
Ou seja, obriga-nos a pressionar mais vezes o brinquedo para termos o tanto que queremos...

Eu até gostei da ideia da roupinha para a garrafa, mas, relativamente às outras coisas que eles têm por lá, acho muito pouco enaltecedoras de uma preocupação ecológica. Ok, ok, tem por lá uma tomada com regulador de tempo, que nos impede de deixar ligado non stop o que quer que esteja ligado nela.
Sim sim, e um bloco que pode ser usado duas vezes, uma como bloco de notas e outra como post it, tou mesmo a ver a maltinha a fazer isso, a guardar os papelitos para usar depois como post it...
Bom, ide ver e tirem as vossas conclusões. Quanto à roupita da garrafa, gostei, gostei muito...
Espero que seja mais barata que uma jarra!

10 de março de 2008

sfumato

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O outro inventou o sfumato, uns "anitos" depois, jean-marie massaud pega na técnica dele e catrapimbas.
Podem ir ver mais coisas da GLAS, a empresa que comercializa o fiction (nome que deram ao sfumato), tem mais coisinhas, em vidro, claro!
Gosto especialmente do contraste entre um material bruto (betão/concreto) e o utro delicado e frágil (vidro), os travessos foram felizes nas imagens do catálogo.

7 de março de 2008

urban boards

.Diz que são flexíveis, arejadinhos. Ideais para tocar bateria.
Agora o caríssimo leitor pergunta, em voz of, claro, referindo-se à minha entidade - Mas este maroto toca bateria? - ao que eu respondo, porque não gosto de deixar ninguém com dúvidas sobre os meus méritos - não! não toco bateria!
Acho que não preciso de ter o cabelo comprido, suar que nem um porco enquanto toco, tão pouco ter duas batutas nas mãos, para ter o direito de usar estes ténis.
A verdade é esta, andava à procura de uns ténis e, descobri a Urban Boards, achei piada, mais piada ainda pelo facto de tratar-se de um producto nacional, leia-se brasileiro, desta forma, talvez encontrasse por aqui à venda.
E não é que estava certo?
Tenho que encomendar, esperar uns 10 dias, que aqui pode ser o equivalente a 1 mês, mas tudo bem.
Interessante, interessante mesmo, é o facto de os ténis virem com a assinatura de um tal de Zé Montenegro, que deve ser um baterista hiper famoso dentro do métier. Sinceramente, não faço a mínima ideia sobre este beltrano.
...
Momentos depois, após breve pesquisa na web, descobri que o zé é (acho piada a isto, zé é...) nas palavras de não sei quem, e passo a citar:
"Esse é um video do workshop de um dos maiores bateristas brasileiros da atualidade, realizado em POA/RS.
O nome da fera é Zé Montenegro, filho do lendário Argus Montenegro e esse tema fodástico é da Dave Weckl Band. Vale a pena conferir esse monstro das baquetas.
Ah bom! Agora já farei figura de quem entende minimamente da coisa. Estou a pensar comprar uma baguetes e deixar em cima da mesa do escritório, para montar o cenário...
Se algum de vocês pensou em baguetes francesas na frase anterior, vocês estão na minha linha de raciocínio...

PS. by the way a imagem, que ilustra este post, é da autoria da agência SPR, o director artístico é um tal de Cléber dos Anjos e o texto de um Cícero de Cesero. Também estiveram bem, os travessos.

3 de março de 2008

Cinderela

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Estas imagens, ilustram o nelson-atkins museum of art, na verdade trata-se do projecto de extensão, da autoria do steven holl. Eu até gosto do maroto, gosto de uma ou outra coisa que ele faz (na segunda podemos perceber uma recorrência patente no projecto deste museu) .
Gosto, e podemos perceber que, neste projecto, ele se saiu bem. Saiu?
Bom, é o que vos digo, conseguimos perceber a tensão entre um edifício neo-clássico-copy-paste (será que acertei no neo?) americanoide, e um elemento branco, aparentemente racional, que se impõe numa existência antes condenada (coitadas das colunas gregas que não têm culpa nenhuma! gregas?).
Mas não era por isso que eu vos queria mostrar este projecto. Queria, agora que já viram estas fotos, mostrar-vos como é que fica a coisa durante o dia. Voilá!
Como podemos perceber, a beleza do ser iluminado, puft, catrapumbas! Não existe durante o dia!
No fundo, a grande beleza das luminárias é a luz, certo?

Sim, sei que os objectos também vivem durante a noite, e eu até gosto bastante dela, mas acho que a essência de um projecto não se pode basear apenas nisso!
Bom, talvez esteja a ser mauzinho, talvez...
Mas acho lindo, maravilhoso, fantástico um projecto que mais parece uma cinderela, quando chega o dia puft, a carruagem vira uma abóbora, e o mono que lá estava antes da intervenção, continua um mono...
A verdade é que, no conto, eles viveram felizes para sempre, o príncipe e a cinderela, digo...
No conto do steven holl, ele acrescentou à vida do casal, a eterna presença da Anastácia e da Genoveva, que transformam a princesa, durante o dia, enquanto o príncipe iluminado se ausenta para as caçadas, numa borralheira condenada a ser princesa só ao entardecer...

1 de março de 2008

errata

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Porque é bi e bi significa algo em duplicado, e porque a primeira tentativa foi uma grande aldrabice, aqui vai a verdadeira explicação para o significado do nome, ano bissexto!
"Bruno, cara, na verdade o bissexto não tem esse nome por causa dos dois 66. Eu tb achava isso. Mas tive de fazer uma matéria esse ano (com crianças que nasceram no dia 29 de fevereiro) e aprendi que foi o imperador Júlio César que trouxe a idéia do ano bissexto pro ocidente. Ele chamou um astrônomo chamado Sosígenes pra fazer isso. Só que o Sosígenes só não sabia em que parte do ano colocar o dia que tava sobrando. O mandão Júlio César ordenou que esse fosse "o dia sexto antes das calendas de março" ou seja, o sexto dia antes do início de março. Em latim, isso seria dito assim: "bis sextum ante diem calendas martii". Se normalmente já havia um 'sexto dia antes de março', com a ordem de Júlio César, tivemos dois 'sextos dias antes de março', por isso, bissexto.

Pablo
também é cultura.

PS. ide lá ver o blog dele, que ele é mesmo cultura. Se quiserem mais coisas dele, podem ir também ao pena e pincel que, além das brilhantes reflexões dele, tem ilustrações da cara metade aqui do je.

PS2. Não bastava ao júlio ter um mês como o nome dele, e ainda teve de ir mexer no calendário, nada de me vir corrigir agora a dizer que, quando ele fez essa alteração, o mês de julho ainda não existia com esse nome...