Mais do que uma perda de consciência democrática, o déficit, verificado na gestão territorial, revela uma perda de consciência a todos os níveis. Esta inconsciência profissional indica uma total displicência para com a sociedade e, uma lacuna grave na responsabilização.
Democraticamente, a nossa liberdade estende-se até que isso implique alterações na autonomia dos restantes indivíduos.
Com a função de gerir o espaço urbano, o urbanista é incumbido de exercer a sua função, aplicando da melhor forma os seus conhecimentos em prol de uma melhoria nas condições do lugar, tendo sempre em mente que esse território se insere numa realidade que está além dos limites da folha que delimita o seu território de intervenção.
Projectar cidade é saber ver além, no espaço e no tempo. É ter consciência da metamorfose físico-cultural que se desenvolve indefinidamente.
Nós morremos mas a cidade tem uma vida que perdura.
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