.E agora perguntam vocês, porque é que eu postei aqui essa imagem.
Ok, não perguntam, mas eu pergunto por vós - porque é que postaste aqui esta imagem se não lhe conferes nenhum atributo extraordinário?
Pois é meus amigos, esta imagem é simples, de uma casinha branca algures pelo mundo.
O que esta imagem me trouxe à memória foi um mundo de grandes momentos.
Há uns anitos, quando já tínhamos comprimento nas pernas mas ainda não nos autorizavam pisar no pedal, lá nos deslocámos pela primeira vez para ir conhecer a tal casa de praia, do M.
Era um segredo bem guardado, numa península resguardada dos grandes magotes.
A praia era deserta e poucos, além de nós, se passeavam pelo areal.
O tempo foi passando e muitas vezes regressamos, ao encontro das nossas diferenças e das nossas cumplicidades.
Essa imagem lembrou-me esse refúgio, refúgio é a palavra certa, onde nos divertíamos num tempo com uma cadência bem diferente deste acelerado relógio de hoje.
Essa imagem, trouxe-me saudade, saudade de coisas simples, tão simples quanto um abraço.
Hoje terei de me contentar com um telefonema no lugar de um abraço. Ou, com umas palavras escritas sem rumo definido.
Da saudade, o pensamento, ou o sentimento, seguiu para esta tristeza da impossibilidade daquele abraço especial...
Hoje a saudade é em dobro, a tristeza é maior...
Hoje sou o imenso vazio de não vos ter por perto...
A ti Pai, um abraço forte. Escrito porque não to posso dar. Hoje.
11 comentários:
bonito Bubinho :)
pequena observação: de simples essa casinha não tem nadaaaa, pelo menos pros meus parâmetros ;-)
parece assim, uma casinha do rietveld!
ou seria de algum outro neoplasticista?
ate lembra uma casinha perdida do niemeyer...
na epoca em que ele n fazia curvas..isso faz teeempo!
acho que vou beber leite!
ah claro antes: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Bonito texto, bonitos sentimntos. Ultimamente ando prestando mais atenção no efeito colateral da saudade que é uma maior atenção dada o dia de hoje.
Só a saudade de quem vai sem voltar é suficiente para fazer despertar no peito a dor de quem fica sem saber para onde vai.
ps: esse moço é arquiteto?!
beijocas
fogo para postar aqui um coment.. apostas mesmo na qualidade!
bom, quanto ao post: ah tempos de infância... em que nos deslocávamos de bicicleta e tudo eram refúgios secretos para brincarmos...
bem, na minha zona não haviam praias desertas nem casinhas tão singelas quanto essa. havia sim o "cerro": "mãe vou brincar para o cerrooo!!" que era já no fim da vila, ao lado da minha casa. tinha uma casa no alto, com um grande quintal... e eu gostava de me sentar nos seus muros, caminhar rente a eles à volta da casa e descobrir as mudas de pele de cobras... era giro
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