6 de dezembro de 2007

out of my pocket #2

.

Como podem verificar pela imagem, houve uma alteração drástica nos bilhetes de cinema desde que escrevi aquele post em que me queixei da inutilidade dos mesmos. Estou a ver que este blog já serviu para alguma coisa útil. Reclamei aqui e puft, lá me apresentam um bilhete cheio de informação. Devo ter entre os leitores deste espaço um dos responsáveis pelos cineacademia. O mais interessante, no bilhete, é que me agradecem pela visita.
Quase me põem aqui a falar com o papel.
"Foi um prazer recebê-lo". De nada, respondo (em voz alta).
A verdade é que foi mesmo um prazer ir lá ver aquele filme.
Saímos, eu e a Cris, claro, os dois candangos, e fomos ao cinema.
Antes, liguei para o CineBrasília (aquele que já fiz referência aqui há uns posts, que é antigo, no conceito de antiguidade daqui...), para ver se conseguíamos ver o "Cleópatra", do Bressane (que também já havia mencionado aqui) e disseram-me que só na Quinta as salas teriam atividade (não têm um calendário fixo, constante... mas ainda vou averiguar isso melhor).
Como eu estava a explicar, acabámos por sair, assim mesmo, em busca de algum filme que nos agradasse na Academia. Chegámos lá e puft, IX FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DE BRASÍLIA.
Não vos vou dizer qual foi o filme que fomos ver porque está lá escrito no papelito. "Ah e tal, não li o papel". Se quiserem, vão lá acima ler. Não! não escrevo aqui.

Continuando..., adorei saber mais sobre o universo de Keith Haring (dito assim dá a ideia que eu sabia muito sobre o universo dele). O filme é um documentário no qual existem filmagens da vida dele, depoimentos da família, dos amigos, de amantes, dos namorados, e que, ao fim e ao cabo, traduzem bem mais do que o movimento artístico dele ou de uma geração específica e circûnscrita à Big Apple. Somos confrontados, além do brilhantismo do Keith e da sua vontade de levar a arte a todos, com a génese de uma época, com a novidade mortal do HIV que tantos personagens colheu nestes últimos 30 anos (+ coisa - coisa).

PS1. Não sei se perceberam mas o nome do Keith, no bilhete, perdeu o "g" do Haring, acho que o papelito tentou subir um patamar no reino das adjectivações mas não conseguiu, continuará com o cognome de imprestável, para ser mais específico, O Imprestável II... (ok, pode ser por falta de espaço, chega a um limite de caracteres e puft, o que está está o que não está, estivesse!) Fiquei aqui a pensar e quase escrevia mal o nome do rapazolas, ora isso não abonaria muito a meu favor, né!? perderia total credibilidade, pelo menos aquele restinho que ainda me sobra.

PS2. Como é que, depois de ter ido ver um filme biográfico, que aborda passagens da vida do artista, eu mantenho a minha de que só me interesso pela arte e não pelo diz que disse? Pior que isso, não ponho aqui nem uma imagem de algum desenho dele, ou de um quadrito. (a minha sorte é que não tenho assim tantos leitores, e que podem ter abandonado o texto no link para o FIC) .

PS3. Ufa, consegui escrever este texto sem mencionar em um único momento que a Yoko Ono entra no documentário falando da sua mediocridade, ups, mediocridade não, mediunidade, explicando ainda o momento em que falou com o keith depois de morto. Ia continuar a cortar na casaca da Yoko, mas abstenho-me porque afinal ela fez experiências musicais com o João Gaiolas e, por respeito a esse grande homem , não falarei mal da artista até saber mais coisas sobre a so called artist que talvez quebrem este preconceito que tenho dela.

1 comentário:

ChrisAlcântara disse...

o que eu mais gostei no doc foi a forma da diretora ordenar as cenas e o argumento em torno de imagens acontecidas. Na época, o auge da filmagem caseira, o vhs e etc... Então, com o roteiro em cima dessas imagens o doc parecia ficção...
mto bom!