ABRE PARENTESIS, li por aí que o termo candangos era usado pelos africanos quando se referiam aos portugueses (será?). Bom faz todo o sentido, uma vez que denomina quem chega de fora. Quem aflui. Adiante. Candangos, é o termo que se usa aqui em brasília quando nos referimos aos que afluíram na construção desta utopia que se chama brasília. Ou ainda quando nos referimos aos pioneiros (obreiros ou não). ou ainda (começo a ficar fartinho do "ou ainda", mas...), e isto é uma ideia minha, o nome que se dá aos que habitam a cidade, aos que, de alguma forma, ainda constroem esta tenra e jovem cidade.
Dois candangos, não são os dois primeiros que cá chegaram, não! É uma estátua, de Bruno Giorgi, que foi intitulada de Guerreiros pelo autor mas que acabou por ganhar o nome popular que se encontra escrito no início deste parágrafo. Não se lembram o que é que está escrito lá atrás? Boa memória, sim senhor! Dois candangos! DOIS CANDANGOS! Ainda não entenderam. Ok aqui vai a foto para não haver erro.
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Espero que tenham entendido agora do que vos falava. Bom ok, ok! Depois, (talvez, não sei que isso dá muito trabalho) postarei uma foto decente dos dois candangos em que se veja a escultura na sua totalidade.Bom! mas este parêntesis todo, é para vos tentar explicar porque é que os óscares daqui da zona se chamam candangos. FECHA PARENTESIS
Mas agora imaginem. O senhor realizador, director como dizem por aqui, estava muito bem a receber o candango para melhor filme e o público estava muito bem a vaiá-lo. Como é que sei se nem estava lá!? Oras! porque leio, e porque ouço o que se diz por aí. Sou um gajo atento a essas cenas, e procuro estar sempre informado quando um realizador de cinema é vaiado. É sinal que o filme deve ser bom, digo eu. Pelo menos obteve uma reacção e fez com que o público reagisse.Também houve prémios, entre outros, para a Laís Bodansky. E perguntam vocês, quem é a Laís Bodansky? Ao que eu respondo, ide procurar no google que foi o que eu fiz. A bem da verdade, descobri que afinal já conhecia a senhor. Já havia sido apresentado no "Bicho de sete cabeças", um filme porreiro em que entra o Rodrigo Santoro. Ah! agora já se lembram, ou já estão com vontade de ir ver. Este comentário foi especialmente direccionado às meninas que por ventura leiam este blog (ou nem por isso). Mas o filme, da senhora, ... quem?... a Laís, a directora do "Chega de saudade", ganhou este ano 3 candangos. Candango para a Melhor Direção, candango para o Melhor Roteiro e outro candango pela preferência do Júri Popular ( o mesmo que se exaltou ao ver que o “Cleópatra” havia levado o candango para o Melhor Filme).
Enfim, não vi nenhum deles, tão pouco as curtas que por lá passaram, mas quero ver se passo por lá agora que o burburinho já se foi, e as vaias se encontram escritas e perpetuadas nos jornais e na boca do povo. O que vale é que a memória é curta, né!?