2 de abril de 2005

tempo ido

Passou-me despercebida a data até às 20h quando me avivaram a memória. Acabei por não contar nenhuma falsa verdade a ninguém. Bolas! Pelo menos no dia destinado ao acto a coisa ganha um carácter lúdico e proporciona alguns momentos de galhofa.
Passado em revisão, pude constatar que neste parco ano, muito se passou.
Fiquem descansados que não vou fazer aqui nenhum resumo alargado dos 360 e qualquer coisa dias.
Voltei a ler o que escrevi na mesma data, do longínquo Abril de 2004 e voltei a um tempo em que almoçava com o meu companheiro de “crimes”. Poucas vezes voltei ao local do crime depois do dia em que me disseram que o meu ritual ia ser drasticamente alterado. O acto não se fazia valer por si, mas pelas conversas, algumas recorrentes que nos iam distraindo do mesmo, por um olhar fortuito pela janela admirando quem passava para lá do vidro e discutindo a vicissitudes do quotidiano pontuado com um ou outro acontecimento digno de registo.
Hoje, digo-vos que completou, ontem, um ano, este espaço, em que a escrita foi sendo recorrentemente assassinada. Recordo ainda tempos em que os dizeres surgiam com relativa frequência e em que ainda aparecia por cá um tal de karamba, digno professor, acérrimo defensor desta língua que nos é comum. Pelo menos aos que conseguem ler estas palavras.
Agora, vivem-se dias em que o contar fica muitas vezes por dizer, em que a vontade não surge ou em que a inspiração navega para bem longe deste lugar comum.
Várias vezes me perdi em discursos e assuntos que teimaram em voltar uma e outra vez.
Querem saber que mais?
Não querem mas eu vou dizer:
Os discursos vão continuar a regressar, as palavras vão repetir-se, as palavras vão repetir-se, os assuntos retornarão, também eles, sob a alçada das mesmas frases.
Enfim, até consegui encaixar ali uma frase que já tinha escrito noutro qualquer devaneio.
Aos meus dois ou três leitores quero dizer-vos que o cheque deste mês não vai ser enviado, mas continuem a voltar, talvez um dia percebam que estas palavras nada acrescentam às anteriores e que as demais também não o farão.
Lavo daqui as minhas mãos, tentei esforçadamente alertar-vos a tempo de não subscreverem por mais um ano.

4 comentários:

Anónimo disse...

Escrevi algo no meu blog sobre a história do homem e da pedra, gostei disso!
Dê lá uma lidinha depois. Bjos.

Marta disse...

Primeiro parabéns.
Segundo, até pode ser que se repita, até pode ser que não acrescente nada, mas eu assinei por mais um ano e vou querer. Beijo

Kuzey disse...

it's not so easy to understand :) thx

disse...

Já somos 4 e também eu assino por mais um! Ou uns se me deixares...
Parabéns!!!

Bjs Mts