8 de abril de 2004

o barco

Percorro mais uma vez este caminho que a casa me leva.
Para trás daquele arco ficas tu.
Aqui onde estou preparo-me, vou saltar a cerca, vou sair, vou deixar-te, abandonar-te, vou ter com a outra.
Olhar-te-ei o caminho todo,
Ver-te-ei cada vez mais,
Cada vez mais distante,
Até que transformes numa linha que suavemente oscila.
Não te preocupes,
Ver-te-ei ainda passares de linha a volume, a mulher, a cidade.
E quando amanhã estiver de volta, abraçar-te-ei, que dali para onde vou consigo apenas ver-te.

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